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Iniciativas da UFMS participam da 18ª Primavera dos Museus

A Universidade irá integrar a 18ª Primavera dos Museus, entre os dias 23 e 29 de setembro, com o tema Museus, acessibilidade e inclusão. A ação, coordenada anualmente pelo Instituto Brasileiro de Museus, estimula os museus do País a proporem atividades que tragam a sociedade para esses espaços. Em Campo Grande, o Museu de Arqueologia (Muarq), a Casa de Ciência e Cultura e o Laboratório de Estudos Interdisciplinares da Antiguidade, ligados à UFMS, devem aderir à ação. 

Com a escolha do tema, o evento busca ampliar a discussão sobre a importância da acessibilidade e a inclusão nos museus, promovendo condições para que todos possam ter acesso aos espaços culturais. A acessibilidade envolve garantir acesso aos ambientes, exposições e serviços dos museus, enquanto a inclusão se refere à adaptação para acolher a diversidade da sociedade.

A abertura oficial da programação no Estado será realizada no dia 23, às 17h30, com a palestra Museus, Acessibilidade e Inclusão. O evento será promovido pelo Sistema Estadual de Museus, no Museu da Imagem e do Som, localizado na Av. Fernando Corrêa da Costa, 559.

Como parte da programação da 18ª Primavera de Museus, no dia 23, o promove a abertura das exposições Cores da Ancestralidade, da artista plástica Eliane Cristina de Sá, e Mato Grosso do Sul na Pré-História: Megafauna do Quaternário da Serra de Bodoquena, do artista Samuel Vilasbôas. As duas mostras são abertas ao público e ficam disponíveis até o dia 4 de outubro, na Sala Verde da UFMS.

O Muarq também realiza a programação Uma Noite no Muarq, no dia 26, a partir das 19h. O evento é voltado para o público infanto-juvenil, com idade entre 8 e 13 anos, acompanhadas por pais ou responsáveis. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser realizadas nos dias 19 e 20, pelo telefone (67) 3321-5751. Já no dia 28, a partir das 8h, o Muarq recebe a oficina Acessibilidade em Museus, do Patrimônio ao Acesso, promovida pelo Sistema Estadual de Museus. 

A responsável técnica pelo Muarq, Laura Pael, destaca a importância da iniciativa para esses espaços de educação, entretenimento, reflexão e compartilhamento de conhecimento. “Essa semana mobiliza os museus brasileiros a se programarem e realizarem atividades voltadas para um único tema. A Primavera de Museus é muito importante porque promove, divulga e valoriza esses espaços”, enfatiza.

“Este ano, a discussão é voltada para a importância da acessibilidade e a inclusão nos museus, buscando promover condições para que o público em geral acessem esses espaços. Por isso, buscamos incluir grupos nas atividades do museu, com uma programação em horários alternativos, no período noturno, para quem não consegue vir em horário comercial. Também vamos ter uma exposição que trabalha com a comunidade indígena, da artista Eliane, trazendo não só a sua arte, mas também os saberes indígenas por meio das suas obras”, completa a responsável técnica pelo Muarq. 

Em alusão à Primavera dos Museus, a Casa de Ciência e Cultura de Campo Grande, localizada na Cidade Universitária, promove uma ação educativa de identificação de astros e constelações no céu noturno. A ação será realizada no dia 27, a partir das 19h. 

“Somos um tipo de museu, designado centro de ciência, ligado às ciências exatas e à popularização da ciência. Por isso, todos os anos participamos de eventos como a Primavera de Museus. Para nós, é importante promover a frequência da população aos museus. Nós consideramos que a única saída para uma população é a educação, a qual não se dá sem cultura, e eventos como a Primavera aumentam o acesso à cultura para todas as pessoas”, avalia a coordenadora da Casa da Ciência, Isabela Porto.

Já o deve oferecer duas oficinas que irão fazer parte da 18ª Primavera dos Museus. Nos dias 23 e 24, das 16h às 18h, o Laboratório promove o minicurso Técnicas deposicionais post-mortem e antropologia das técnicas funerárias. Já nos dias 25 e 26, das 16h às 18h, será realizada a oficina Cerâmica Grega e o Ctonismo. O grupo ainda realiza, entre os dias 25 e 26, no Corredor Central da Cidade Universitária, uma exposição de cédulas, moedas e réplicas que compõem o acervo do laboratório.

“Trabalhar com a questão técnica forense e também com material cerâmico está vinculado à questão da acessibilidade, ou seja, dar acesso às pessoas para que elas possam trabalhar, pesquisar, estudar temas que até então estão restritos ao âmbito universitário. Isso gera uma divulgação científica sobre o assunto, conhecimento profissional, desperta o interesse de jovens em participar desse caminho de especialização na Universidade”, comenta o professor da Faculdade de Ciências Humanas e coordenador do Laboratório, Carlos Eduardo da Costa Campos.

Texto: Alíria Aristides